ILUMINAÇÃO
por Patrice de Moraes
ao mestre que tanto admiro,
meu amigo, Silvério Duque,
atrevendo-me
Àquele monte ouvi a minha vida
dizer-me: “Sobe, sobe que o teu ofício
nasce aí, aos teus pés. Cede-lhe o início,
e abraça de uma vez tua lida!”
Suei..., suei no corpo a alma sofrida
de meu sertão, Tanquinho, e como o vício
que domina o viciado, vi o exercício
da minha subida abrir-me esta ferida
exposta à humanidade, sem pudor:
a pena da poesia melancólica!
Pena que quase fúnebre de si,
anima-me a subida porque aqui
dentro da alma, embora que bucólica,
chora o Universo inteiro a sua dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário