O poeta Carlos Drummond de Andradede (1902-1987)
BALADA PARA AS RUAS DA VELHA SÃO SALVADOR
APÓS A LEITURA DO POEMA O CHAMADO
DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
ao professor e amigo, Aleilton Fonseca,
contista e amante das cidades.
– Na rua escura com suas velhas casas...
seus escuros casarões
são ossadas de tempos idos,
pedaços despedaçados de passado,
novos e antigos abandonos
que me rodeiam – ou será que Eu os rodeio?
Que caminho traçar por entre a vaga
idéia de abandono que me pesa?
Rua escura e este novo poeta
( lume de minha velhice que me chega )
exposto às agruras e aos largos passos de seus sonhos;
quem há de dizer-te as mentiras que todos sabem e por isso vivem
tão vazios, porém felizes?
Quem há de ser outra
pedra no caminho
que a mente
traça e o coração percorre...? Quem há de ser
o caminho...
Onde um dia ouviu-se
tantos adeuses,
tantas lágrimas
em vão entornadas,
tantas saudades na solidão perdidas, há o meu coração...
Coração sem rumo:
quantos naufrágios
em teus lamaçais,
quantas angústias
nos becos teus,
quantos dizeres nesse calar de breu
sobre meus olhos...
Ruas escuras:
estes versos, e este poeta, são de todo seus,
mas, em minhas mãos, e, em meu olhar,...
é tudo...
adeus!
Rodoviária de Salvador, 20 de maio de 2007/Candeias, 30 de janeiro de 2008.
3 comentários:
Olá, Silvério,
Tudo bem?
Carlos Drummond de Andrade é um dos meus poetas favoritos.
Por exemplo, não tem como ler dele "O Elefante" sem se emocionar.
Abraços.
Silvério,
Cá estou eu de volta.
Só para lhe convidar para o lançamento do livro de um poeta feirense.
Se puder acesse o meu blog para saber mais. Tem um texto lá falando sobre ele e o livro.
Obrigado.
Abraços.
Olá, Silvério,
Estou passando por aqui, para lhe dizer que tem selo para você lá no meu blog.
Abraços e boa semana.
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