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A TRAGÉDIA NOSSA DE CADA DIA
ou BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE
O LIVRO O GRITO DO MAR NA NOITE
DE EMMANUEL MIRDAD
à minha caríssima Nívia Maria Vasconcellos;
porque é muito bom tê-la de volta.
porque é muito bom tê-la de volta.
Para mim, nobreza é sinônimo de vida
esforçada, posta sempre a superar-se a si mesma, a transcender do que já é para
o que se propõe como dever e exigência. Desta maneira, a vida nobre fica
contraposta à vida vulgar e inerte, que, estaticamente, se reclui a si mesma,
condenada à perpetua imanência, caso uma força exterior não a obrigue a sair de
si. Daí que chamemos massa a este
modo de ser homem – não tanto porque seja multitudinário, quanto porque é
inerte.
JOSÉ ORTEGA Y GASSET
Nos bastidores da FLICA
(Festa Literária Internacional de Cachoeira) deste ano, quando me preparava
para, cheio de honra e – confesso – com certo desassossego, dividir uma mesa de
debates com o grande crítico e amigo Rodrigo Gurgel, sou abordado pelo camarada,
e também um dos produtores do evento, Emmanuel Mirdad, que me presenteia com
seu último livro de contos, devidamente autografado, mas não sem algumas
ressalvas quanto aos seus escritos e com a recomendação de que eu começasse a
leitura de seu O grito do mar na noite
(Via Litterarum, 2015) por aquele que, segundo o próprio autor, era sua
realização preferida. Não me fiz de rogado e, obviamente, aceitei o presente e
atendi à exortação, começando pelo conto Sol de abril.
Tomando como base a
canção Assum Preto, de Luís Gonzaga e
Humberto Teixeira, somos apresentados a uma sanfoneira “doca” que, há muito,
deixara o sertão do Nordeste para tocar nas praças do Sul do Brasil... Emmanuel
Mirdad constrói a história dessa mulher com um intricado jogo de narrativa
psicológica e flashback, dando a este
conto um dinamismo muito grande, ao tempo que nos transporta a um jogo
imbricado de memórias e assim, cada vez que a história vem e vai, no tempo,
somos preparados cada vez mais a um arremate cruel e surpreendente. Mas, embora
tenha me agradado muito com esta história, não me contento só com a leitura de Sol de abril (bom sinal) e sigo com os
outros contos do livro.
A história de Sol de abril, difere em muito de todas
as outras histórias do livro, pois é a única passada longe de Salvador ou de
qualquer cidade grande, de fato, e onde o ambiente citadino não se compõe quase
como um personagem à parte, que vai conduzindo a história ao seu pesar e
contentamento; características relevantes nos nove outros contos de O grito do mar na noite, e que constroem
a quase total verossimilhança de tudo que neles se leem. Outrossim, está
justamente nessa verossimilhança aquilo que eles possuem de mais incômodo, no melhor sentido desta
palavra.
Uma boa leitura, seja de
poesia ou prosa, seja de uma música que se escuta ou um quadro que se observa,
precisa incomodar; ser carregada na
memória, digerida lentamente por ser algo em que nos reconheçamos e pela qual
aprendemos.
Assim como acontece na
poesia, a leitura de um conto, graças ao seu teor fotográfico, completa-se depois de lido o último parágrafo e fechado, mesmo que por alguns instantes, o
livro. Um bom conto golpeia seu leitor que, ainda no tonteio do soco, procura a
melhor posição para o contra-golpe, o revide... Por isso mesmo, e Emmanuel
Mirdad que me perdoe, mas é preciso falar a respeito disso, o exagero de
algumas descrições e informações, enfraquecem a narrativa – e isso,
infelizmente, acontece várias vezes, durante todo O grito do mar na noite –, fazendo com que se
perca muitas vezes o ritmo de sua narrativa, sem contar o desaforo que um bom
leitor acaba sentindo, pois quando não lhe é oferecido um desafio de investigar
em sua própria mente o quanto ele é capaz de compreender e se surpreender, no
ato da leitura, o leitor é visto como um pacóvio.
Em resumo, entregar
demais ao leitor é chamá-lo de bobalhão ou outorgar tal epíteto a si mesmo,
enquanto autor. Por causa disso, determinados trechos mais enfadam do que
realmente informam e fazem com que boas passagens, bem mais lúcidas e poéticas,
percam sua beleza e razão, como, por exemplo:
Seu
Humberto, o Beto, era cearense, assim como seu xará, O Teixeira, filho ilustre
de Iguatu e parceiro mais célebre do velho Lua, o Rei do Baião, filho de Exu (PE)...
cuja resolução – perdoem-me
a pretensão, apenas faço-a como exemplo de uma ideia e não uma tentativa de
reescrever a história construída pelo autor – seria demasiadamente simples, e o
leitor que se virasse para não se sentir subestimado:
[Seu Beto era cearense, como o seu xará, de Iguatu; parceiro mais célebre do velho Lua, o Rei do
Baião...]
Mas, vejam como, antes, Emmanuel Mirdad
conseguira um efeito justamente contrário, e, por isso mesmo, digno de exemplo,
inclusive para ele:
De olho fechado, reza. A
aparição mariana que lhe originou o nome pode até escutar, mas não deve
responder. A paz brota do silêncio. E a cidade em flor começa o percurso dos
fluidos de seu organismo.
No final das contas, em qualquer narrativa que
se respeite deve prevalecer aquilo que José Ortega y Gasset chamava de “A lei seca
da arte”, ou seja, o conceito de Ne quid
nimis, de “nada além do necessário”. Um bom exemplo, e bom conselho a esse
respeito, estão em Graciliano Ramos, quando o autor de São Bernardo e Vidas Secas compara
o ofício da escrita ao trabalho das lavadeiras de sua terra natal:
Deve-se escrever da
mesma maneira com que as lavadeiras lá de Alagoas fazem em seu ofício. Elas
começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do
riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil,
ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora
jogando água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma
torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois
de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal,
para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra
não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para
dizer.
Voltando a Ortega y Gasset, ele nos admoesta de
que tudo o que é supérfluo, “tudo aquilo que podemos suprimir sem alterar a
essência é contrário à existência da beleza”. Isso vale para a poesia, para a
prosa, para a música, pintura, dança; qualquer coisa que se chame de arte;
qualquer trabalho que se queira bem feito; é algo que Emmanuel Mirdad,
certamente, explorará muito mais daqui pra frente.
Uma coisa que um autor (e,
mais ainda, todo pretenso autor) deve saber, é que toda história é uma história
que se poderia viver; de que aquelas situações ali poderiam ser vividas por
qualquer pessoa de qualquer época e lugar; que aquilo em que o leitor tanto se
concentra seria passível de sua própria experiência. Por isso, a vivência de
uma boa leitura, não é só garantia de catarse, mas da própria catarse se
extrair aprendizado. Mesmo as fábulas mais burlescas trazem uma carga moral
imensamente aplicável ao nosso mundo e disso tiram toda a sua força e
pragmatismo. Desta forma, para o homem grego do século V a.C., encontrar-se com
grandes criaturas marinhas, ou cair dos caprichos arbitrários de deuses nada
complacentes, era algo tão aceitável quanto deparamo-nos com a violência nossa
de cada dia, promovida por homens e mulheres de carne e osso, mas carregados de
ódio e preconceitos tão cruéis quanto os jogos de poder de deuses e deusas,
onde dados e cartas eram os próprios destinos humanos, como é o caso do conto O banquete, onde, numa referencia nada platônica,
Emmanuel constrói uma boa alegoria da burrice violenta que surge das
multidões, instigadas pelas mais diferentes situações, formando a tragédia
nossa que vivemos a cada dia:
O ponto dela chegou.
Desceu compenetrada ao smartphone,
sem olhar para os lados nem perceber o ambiente. Azar. Ninguém na rua, e os
poucos estabelecimentos em volta, nenhum aberto. [...] Três carecas se
aproximaram por trás. O que tinha uma suástica tatuada no cocuruto exagerou a
mão na pancada, e a gordinha apagou... [...] Sorte; evitou a tortura morrendo
de primeira. [...] Dentro do carro, a sensação dos três era de dever cumprido.
[...] O celular passou de mão em mão. Miseravelmente, um deles apagou as fotos
da viagem que a gordinha fizera com a namorada para o litoral, como se pudesse
excluir da existência a opção que tanto odiava.
Entretanto, o que poderiam
ter em comum entre a narrativa clássica e o conto contemporâneo, por exemplo? O
aprimoramento de caráter e de intelectualidade que todo herói trágico, a duras
custas, adquire ao fim de sua jornada de angústias, isso é o que deveria
existir em ambos. Tal aperfeiçoamento nos é garantido na literatura clássica,
mas sentimos cada vez mais sua inexistência nas narrativas mais contemporâneas,
onde a construção aprofundada de um personagem não vai além de sua cansativa
descrição, ou a mera trivialidade ocupando o lugar do verdadeiro drama. A catarse, assim, parece algo
impossível, já que o leitor não tem onde se mirar de fato, nem fazer aquela
viagem introspectiva, de onde suas paixões seriam verdadeiramente purgadas.
Emmanuel Mirdad, a meu ver, consegue, de fato, livrar-se do trivial e se
aprofundar, verdadeiramente, em três de suas narrativas: Chá de boldo, Sol de abril
e Aqui se paga.
Um homem que aceita a mulher caolha após ter
sido violentada e, em seu ato, bem como na dor de sua companheira, ver
revelar-se toda a beleza para além
das meras aparências, ou um velho, outrora abandonado
pela filha, dedica-se com todas as suas mirradas forças a cuidar de sua antiga
algoz, não representam uma mera luta contra sentimentos pessoais, das quais
estão cheíssimas as narrativas de nossa atual literatura, o que, no mínimo,
seria sinônimo de um moralismo oco; ao contrário, vemos nesses exemplos a
escolha por um bem maior e pelo real dever
que lhe cabem como verdadeiro amante, como pai, como seres humanos. Isso seria,
nada mais nada menos, a real diferença entre a verdadeira moral e uma
caricatura ordinária de moralidade; entre a real profundeza que esperamos de um
escritor e a mesmice banal de quem apenas observa o cotidiano sem nada dele
tirar e, muitas vezes, sem lhe arranhar direito a própria casca.
Um elemento muito
importante e inegável por qualquer um que leia os contos de Emmanuel Mirdad,
mantido ao longo de todo o livro, é seu efeito
surpresa; a radical mudança que situações extremas possuem em suas
histórias, e o conto O banquete é,
certamente, o que mais se utilizará desse recurso. É mesmo “de oito a oitenta”,
como se diz no jargão popular daqui da Bahia, que mudanças radicais e
inesperadas se dão em suas narrativas, proporcionando não só um efeito estético
proveitoso, fazendo valer, entre tantas coisas, aquela situação em que o leitor
sente-se abobado e se desfruta de tal sensação. O banquete lembra-nos o quanto que nossa vida em sociedade está intimamente
relacionada com cada indivíduo, da teia frágil que cada um vem tecendo no
caótico mundo urbano, de sistemas fechados nada previsíveis, mas isso também
pode ser vivenciado em Sol de abril, Chá de boldo, Aqui se paga, Quase onze dias...
A melhor parte desse efeito é quando um amor que um dia se mostrou puro, se
conclui através de um estupro, quando a dor e a raiva de um abandono são devolvidas
com o cuidado extremoso de um velho pai, ou uma palavra cruel tem, na morte,
pagamento certeiro e sem troco, obrigando-nos a refletir, a repensar tudo a
nossa volta; o que temos, o que nos falta e, principalmente, o que perdemos.
Outro elemento que julgo
de uma importância muito grande neste livro de Mirdad é o registro da linguagem
coloquial de Salvador, mas também de outros recônditos da Bahia. Isso me faz
lembrar um grande problema que enfrento, como professor de Literatura, que é
fazer com que meus alunos, com terríveis limitações vocabulares e demasiadamente
presos às maravilhas de nosso mundo tecnológico, tão diferente dos séculos de
Machado e Guimarães Rosa, gostem e se aprofundem em um romance ou conto dentro
de um contexto que eles desconhecem e não querem se esforçar para conhecer.
Talvez por isso, romances de entretenimento para adolescentes, façam tanto
sucesso, pois estão carregados de coisas que fazem parte de seu contexto e
cotidiano, como computadores, celulares, tabletes... Mesmo histórias que têm,
como pano de fundo, a Antiguidade e a Idade Média são narradas como em um
roteiro de filme ou ganham uma gama de movimentos e cores como em um vídeo game; isso quando Perseu não se utiliza de um iPhone para matar a Medusa, ao invés de um escudo polido. Em
compensação, se estas histórias não possuem palavras estranhas como “coches” e
“lojas de belchior”, elas perdem naquele aprofundamento moral e psicológico em que
um Machado e um Dostoievsky se tornam mestres e, até hoje, não possuem, pares
semelhantes.
Essa necessidade de uma
língua “nossa” e mais “pura” é uma característica que remonta a ideais ainda de
nossos primeiros românticos, e serve como um verdadeiro presente ao leitor, bem
como aos registros linguísticos e históricos, é o caso de expressões que fazem
com que o leitor, principalmente o baiano, identifique-se com tudo aquilo que
se passa na história, justamente por ter algo em que se reconhecer dentro dela.
É o caso de expressões como “se pique, vá!”, “Meu rei”, “Vamo cumê aguá”, “Man...”, “E esse Baêa!?”, um
alongadíssimo “Aonde” (que, na Bahia, também significa: “Não!”)... e “Receba!”,
expressão a qual, aliás, nomeia um de seus contos mais inusitados. Vejamos, um
exemplo:
Começo da noite, a
academia está cheia.
– Rapaz, ontem eu peguei
quatro!
– É lascador, esse
menino!
Um grupo de homens
sarados, alguns bem jovens, reveza o uso de um aparelho puxador, para
exercícios diversos. Compartilham seus músculos ao espelho comum. “Você tá
grande, hein, pai”? Uns fazem tríceps, outros remada em pé, alguns na barra
comum, que poucos ali conseguem fazer. Eu sou o que mais faço; lembranças da
época do quartel.
– Tá
ligado, a Bruninha? Passei a pica! Putinha, putinha...
– Man, vai rolar o ensaio na segunda, vamo
dêcê? Só tá rolando as gata, Serjão
deu as ideia. E vamo cumê aguá na segunda também!
– Bora!
– E o
Baêa?!
Futebol, buceta e cerveja. Apenas três assuntos e
em poucos segundos os homens são iguais, melhores amigos a décadas,
inseparáveis...
Também a descrição de lugares badalados e
famosos de todos que moram ou visitam Salvador completam isso. Aliás, Emmanuel trabalha
em seus contos uma tendência de narrativa basicamente urbana, a exceção de Sol de Abril, com todas as suas nuances
e, muitas vezes, clichês bem encaixados. Entretanto, seu maior trunfo, nesse
sentido, é mostrar uma Salvador cheia de ricos curtindo suas vidas da forma
mais prazerosamente louca, porque podem e
só por isso; mas carregados de um vazio tão extremo, que a única coisa que lhes
sobra é, puramente, o dinheiro que têm. Ou como Mirdad descreveu, usando um de
seus personagens:
É uma vida superficial e
retilínea, imune à trágica consciência de que há diversos conflitos na
existência humana. [...] Eram alguns ricos, bem inseridos e farristas da elite
baiana que se encontravam de quando em quando, para algum deles pagar a
noitada.
Acredito
que uma boa leitura é aquela que nos dá um choque de realidade... Engana-se
redondamente quem pense que um autor de ficção tem um compromisso indistinto
com a fantasia. Mais do que construir realidades, um bom autor, ou quem se
pretenda a tal, precisa desnudar a realidade aos nossos olhos; não precisa
mascarar nenhum tipo de beleza, mas revelá-la em sua forma mais pura; oferecer
de bom grado, a verdade, ao invés de fingir-se um conhecedor de alguma verdade
que seja. Se a vida, no fim, se revelar vã, devolvê-la-emos à sua completude
através da literatura.
Tudo isso serve para
mostrar o quanto que o conto é uma forma de narrativa muito perigosa. Uma
composição literária onde o muito, imprescindivelmente, deve ser feito com o
mínimo possível, e, por isso mesmo, seja talvez a forma de composição em prosa
que, junto às fabulas modernas, mais se assemelhe com o gênero poético, a
necessidade de verossimilhança e do aprofundamento dos fatos narrados são tão
grandes quanto à capacidade de seu autor em surpreender tanto por aquilo que
está a ser lido, bem como pela reflexão que dá lugar às palavras depois da
conclusão da leitura.
Assim sendo, Emmanuel
Mirdad deu um passo importante, bem mais do que exercendo o papel de poeta, mas
que só se concluirá numa longa e compensadora jornada se ele tomar como modelo
seus acertos, entendendo que o crescimento como autor não é diferente do
crescimento como ser humano. Ambos se modelam através de nossa capacidade de
irmos além dos esforços estritamente impostos como reação às necessidades que
nos chegam de fora, mas do empreendimento espontâneo e luxuoso. Eis o
verdadeiro sentido da nobreza. Emmanuel Midard conseguiu alguns momentos de
nobreza em suas narrativas... Que o criador, nesse caso, espelhe-se em sua
própria criação.
Em resumo, é um livro de
um estreante, sendo assim, uma obra
que nos deixa sempre esperançosos. Eu, particularmente, gostei muitíssimo de O grito do mar na noite,
independentemente das questões técnicas abordadas, até porque, essas questões
dizem mais aos críticos; há, em O grito
do mar na noite, histórias bem construídas, verossímeis e, ironicamente,
seu maior trunfo e defeitos se encontram em sua linguagem e na maneira de como
ela é construída. Emmanuel, com este livro, está no caminho certo; e eu, assim
como outros leitores, ávidos por um considerável melhoramento nos temas e nas
formas (e em algumas influências) de nossa atual literatura, esperamos que, deste
caminho, Emmanuel Mirdad não se desvie.
Cachoeira/Candeias, entre outubro e novembro de 2015.
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http://www.vleditora.com.br/lojavirtual/livro/o-grito-do-mar-na-noite
Um comentário:
Que ótimo, meu caro, fico feliz por ter lhe causado essas impressões, um presente nesse dia tão difícil que passei. Muito obrigado pela crítica, vou me atentar a não repetir o problema, que é originário de minha formação como jornalista. Você tem toda razão! Fico muito contente quando alguém tem a generosidade de apontar os meus erros. Só com o olhar do outro poderei encontrar o caminho.
Gosto da "real profundeza", da "verdadeira moral", do ressaltar da força do conto contemporâneo, de ter reconhecido que a minha carreira de poeta está encerrada (o que concordo 200%), do "efeito surpresa", e da "verossimilhança". Grato! Agora sobre a linguagem coloquial e essa temática sobre o cotidiano, vou abandonar. Aliás, no próximo livro, encerro a minha produção de contos. A partir de agora, só romance. E a sua contribuição foi imensa, uma fortuna mesmo, meu professor.
Grande abraço e muito obrigado por sua generosidade. Feliz, feliz! Avante!
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