UM
SONETO DE NATAL
(por
Silvério Duque)
É
este o meu amor e o meu lamento
tudo
que fui e sou é só saudade
e
a realidade é apenas doce invento
porque
de sombras vive a claridade.
Jamais
me transportei em pensamento
para
além desta morte que me invade
e
o que interessa a mim cada momento
se
já não me apetece a Eternidade?
Mas
nunca é mais que ideias os instantes
essa
pobre ilusão chamada vida
cheia
de sons e lumes incessantes.
–
Recordas-te de mim, grande Lusbel
para
além desta memória dolorida
e
da torre maldita de Babel.
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