O poeta chileno Vicente Huidobro (1893-1947)
UMA CANÇÃO PÓSTUMA
À MANEIRA DE VICENTE HUIDOBRO
ao amigo Jaime Stone, também chileno
Ah,
em meu coração há sempre um porto
antigo de esquecidas datas
repleto de incontáveis sonhos.
E há sempre naus que vão partindo
e lenços
a estender o meu adeus.
Há silêncio e deserto no meu coração!
Dentro dele
um partir... tantas vezes renascido.
Ando em viagem a esperar por minha vida:
nela estou sempre ausente
desejando
(calado)
outras distâncias
ou anseio – gritando – por minha morte...
...meu coração é um poema jamais escrito.
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