O filme, O curioso caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button) de David Fincher, com Brad Pitt, Cate Blanchett, Kimberly Scott, Jason Flemyng, Taraji Henson, Elle Fanning, Mahershalalhashbaz Ali e Emma Degerstedt, produsido numa parceria dos estúdios Warner e Paramount, com a consagrada direção de David Fincher, é um daqueles filmes onde uma velha máxima se faz surpreendentemente verdadeira: "O Cinema é mágico". Não importa se nascemos jovens e morramos velhos, ou se fosse ao contrário, como é a existência singular do personagem que nomeia este conto de Scott Fitzgerald, de onde o filme é baseado; não podemos nos furtar daquilo que a vida nos oferece, nem daquilo que ela é. Molharemos as calças, sentiremos medo, ficaremos curiosos, teremos prazer, dor, dúvida, e, no fim, esquecidos ou não, teremos que aceitar, de uma forma ou de outra. Não podemos nos furtar ao tempo e de como, nele, a vida se conduz única para qualquer um de nós. Isto que estou a dizer até poderia soar tenebroso, mas em nenhum momento do filme isto é mostrado desta maneira – e eu duvido que alguém tenha se sentido assim, mesmo naquela que, para mim, é uma das mais "barrocas" cenas já construídas pelo cinema, que é a da morte de Benjamin (ops!, contei o que não devia), nos braços de sua amada Queenie, ele, inconsciente, por sua condição, finalmente, de recém-nascido ao inverso, e, ela, envelhecida, no mais profundo sentido da palavra; desta forma, onde, à primeira vista, deveria haver uma cena de amor trivial entre avó e neto, revela-se uma das mais angustiantes representações da morte que o cinema poderia proporcionar. Além do mais, não tive, como em todo bom filme, que ficar indiferente a tudo que me era ali mostrado, principalmente na história de um homem que rejuvenesce em um século que também parece ficar mais jovem, à medida que se aproxima de seu término; como me foi impossível ficar indiferente à minha própria vida, a qual eu mesmo fui levado a rever, ao assistir este filme. O Curioso caso de Benjamin Button me deu algumas das 3h15 mais prazerosas de minha vida.
Um comentário:
Olá Silvério! Tem um presente pra você em meu blog!
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