Meu grande amigo, Elpídio Fonseca, manda-me um “mote” para um soneto erótico: “EU VI TEU CORPO NU À LUZ DA LUA”, mas lembra-me que o seu decassílabo heroico deve servi para um soneto erótico e não fescenino (pornográfico), qual o caso do último soneto aqui publicado em decorrência ao mote de Emmanuel Mirdad... Quem sou eu para deixar de mostrar ao público pouco afeito a esses importantíssimos pormenores linguísticos e estilísticos a diferença entre estes termos e, obviamente, contrariar tão grande amigo?! Espero que vocês gostem...
SONETO DE CONTEMPLAÇÃO
(SOBRE UM TEMA DE
ELPÍDIO FONSECA)
por Silvério Duque
Eu vi teu
corpo nu à luz da lua
ou o brilho teu na lua refletido...?!
Por certo eu contemplara enternecido
a lua que na terra se fez nua.
Depois saímos luminando a rua
com o brilho de teu corpo revivido
e te entregaste a mim com o olhar tão vívido
como fizera a minha carne à tua.
Neste mesmo fulgor nos completamos
com a chama ideal já transformada
num ir e vir de luz que deslumbramos...
E assim permanecemos neste enleio:
eu, sarça imarcescível e alumiada
a derramar estrelas no teu seio.
Feira de Santana/Candeias 23-24 de julho de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário