O Grito de Edwar Munch (1893):
Óleo e pastel sobre
cartão; 91 x 73,5 cm – Galeria Nacional de Oslo, Noruega.
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O GRITO DE MUNCH*
ao
poeta e amigo, Patrice
de Moraes
– Nas tardes mortas, eu
perdi meu nome,
e em cada uma delas, morri um pouco,
pois nada cabe a mim que achar-me um louco
vivendo de comer a própria fome.
Esta visão de mim que me consome
dói, como há de doer um grito rouco
que o pudesse gritar um tronco oco
ante o vazio que a ele próprio come.
Hoje, só existe dor nesse sol-posto
e a natureza toda se apavora
ao ver-se refletida no meu rosto
que a noite sobre mim vem sem demora,
como para me dar algum conforto,
enquanto se retarda a minha Hora.
Feira de Santana, 28/29 de
setembro 2007.
*Esse, e outros poemas, fazem parte de meu mais novo livro: Ciranda de Sombras (É Realizações, 2013). Adquira já o seu aqui: http://www.erealizacoes. com.br/livros/Ciranda-de- Sombras.asp
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