O poeta Damário Dacruz, (1954 -2010)
Morreu, hoje, de madrugada, o poeta Damário Dacruz...
Damário, além de grande poeta, era meu amigo e uma das pessoas mais amáveis que já conheci. Em meu último livro, A pele de Esaú, dediquei-lhe um soneto, que transcrevo, aqui, como última homenagem a alguém que foi, como pessoa e poeta, uma de minhas mais felizes influências.
Até breve, Amigo,... até breve...
UMA CIRANDA PARA DAMÁRIO DACRUZ
É preciso criar para sentir;
nada somos se nada construímos,
pois se nada inventamos, nada existe...
Somos a nossa ação por sobre o tempo.
No dia em que tecemos tudo vive,
realizar é escapar da morte... mas,
não durarei apenas entre os outros,
pois dou aos versos usos e clarezas.
De tanta falta e busca me revejo,
de tanto amor e anseio, me reinvento,
nessas rotas e fugas me refaço.
Necessário é criar e a vida é pouca,
no dia em que eu me faço estou e existo.
Neste poema há todos os meus passos.
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