terça-feira, 26 de maio de 2009

GUSTAVO FELICÍSSIMO... ou O ATIVISMO EM PRÓ DA POESIA


O poeta Gustavo Felicíssimo

Tão importante quanto o fato de defender uma idéia, e ainda mais uma filosofia, é vivê-la, é torná-la a essência de sua existência e nela construir uma vida singular, baseada naquilo que se tem como verdade ou missão, e, isso, cabe também, e talvez mais (ou mais freqüentemente) aos poetas. É o caso, por exemplo, do Gustavo Felicíssimo, atualmente um dos melhores, mais promissores e ativos poetas da atual Literatura Baiana e Brasileira (se acham que exagero, então leiam o poema abaixo e, depois, façam melhor); atividade que vai além da poesia e se estende para um trabalho de divulgação das novas gerações poéticas e que, graças a qualidade tanto de sua poesia como de seu trabalho de crítico e de divulgador, tem sido reconhecido por muitos dos melhores poetas e críticos do país, a exemplo de Pedro Sette Câmara, Cláudia Cordeiro e Luis Dolhnikoff e, logicamente, atacado e invejado por uma leva considerável de nossos medíocres alguma-coisa. Eu, particularmente, considero as micro-entrevistas da série Três perguntas para... (conferir: http://sopadepoesia.zip.net/), uma das idéias mais bem boladas da Internet e, mais particularmente ainda, um dos melhores projetos dos quais participei. O fato de se fazer presente em várias revistas e sites de poesia, como o Cronópios e, mais recentemente, Plataforma para a poesia, além de seu blog, Sopa de poesia, ser reconhecidamente premiado, pela revista Veja, como um dos melhores blogs do país, são exemplos concretos de que Gustavo Felicíssimo merece todos os elogios que, sem medo ou pudor, e, sim, com sinceridade e débito, venho prestar a ele nestas poucas e insuficientes palavras. Se, tão importante quanto o fato de defender uma idéia, e ainda mais uma filosofia, é vivê-la, é torná-la a essência de sua existência e nela construir uma vida singular, baseada naquilo que se tem como verdade ou missão, e, isso, cabe também, e talvez mais (ou mais freqüentemente) aos poetas, Gustavo Felicíssimo é um dos melhores exemplos para este exemplo.



SENDA


Gustavo Felicíssimo



Sou como o invisível céu
que não vos inspira cuidados,
pois retorno depois das névoas
sobre os campos abandonados;

sou finito e celebro o fogo
infindável do grande jogo


a nos enlaçar a garganta;
creio no vórtice da voz
sacrossanta que a tudo encanta;


trago os haveres desse mundo;
sou terra, sou campo fecundo.


2 comentários:

Jorge Elias disse...

Prezado Silvério,

É uma merecida homenagem ao amigo Gustavo.
Dedica-se de maneira honesta e intensa ao labor poético e a memória da poesia grapiuna.
Nessa vida conturbada, ter conhecido e feito amizade com Gustavo Felicíssimo ,pena que apenas pela internet, foi das melhores coisas que me ocorreram nos últimos anos.
A contribuição de Gustavo foi fundamental para meu próximo livro.

Grande abraço,

Jorge Elias

Cláudia Cordeiro disse...

Oportuna homenagem ao Gustavo, Silvério. Um exemplo de zelo pela arte poética. Abraço pernambucano, Cláudia Cordeiro
www.plataforma.paraapoesia.nom.br
blog.plataforma.paraapoesia.nom.br