A tempestade de Ivan Aivazovsky, óleo sobre tela, 221x332, Museu de são P
Navegas meus temores como um barco,
sem adeuses, silêncios, nem presságios
que esperarão por nós em cada porto...
Vestido com a dor de antigas feras
eu vejo, em cada cais, os mesmos arcos
redesenhando o fim de iguais jornadas,
refeitas tantas vezes entre os loucos
que avistam, entre sonhos, outros mares.
Para imitar, do mar, seu renascer
eterno – seu começo tantas vezes
já desfeito –, navegas meus temores
neste barco sem velas e sem leme,
mas com as formas e a cor do teu intento,
neste vagar sem fim entre as procelas.
Um comentário:
'...Desta dor eu padeço, esvaído de toda luz, aceito, pois mereço, tão pesada cruz. Pagos meus pecados com meu amor... pois em meu coração petrificado, jaz agora a dor.'
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