domingo, 24 de janeiro de 2016

EM MARÇO...


 
Finalmente liberado para publicação, Cantares de Arrumação: panorama da novíssima poesia de Feira de Santana (Mondrongo, 2016), traz, além da organização de Silvério Duque, mais uma capa ilustrada, com total exclusividade, por Gabriel Ferreira e texto de Antonio Brasileiro.



Finalmente liberado para publicação, Cantares de Arrumação: panorama da novíssima poesia de Feira de Santana (Mondrongo, 2016), traz, além da organização de Silvério Duque, mais uma capa ilustrada, com total exclusividade, por Gabriel Ferreira, artista plástico nascido em Tanquinho, ou seja, completamente inserido no contexto da obra, e texto de Antonio Brasileiro.

Cantares de Arrumação... conta com nomes de significativo destaque na atual poesia baiana como Luiz Antonio Carvalho Valverde, Sandro Penelú, Anne Cerqueira, Araylton Públio, Patrice Machado de Moraes, Fábio Bahia, Idmar Boaventura, Herculano Neto, Ísis Moraes, Dado Ribeiro Pedreira, Ronald Freitas Anunciação, Nívia Maria Vasconcellos,Valquíria Lima, Thiago El-Chami, Wesley Correia e Clarissa Macedo...

O livro conta também com um estudo de seu autor sobre a história da poesia feirense, do século passado até agora. A ideia do estudo é unir essa produção da poesia feirense desde Aloísio Resende, no inicio do século passado, seguindo com Eurico Alves Boaventura, e revista Arco & Flexa, não esquecendo, obviamente, do grupo Hera e seus representantes, unindo-os juntamente com seus contextos histórico-culturais a esses novos nomes que se descobrem agora em Feira de Santana.

Cantares de Arrumação: panorama da novíssima poesia de Feira de Santana será lançado em março, em Feira de Santana e Salvador... O responsável direto por tal realização é o poeta Gustavo Felicíssimo, o visionário editor da Editora Mondrongo que hoje se mostra, sem sombra de dúvidas, como um dos selos mais importantes da Bahia e do Brasil.

Aguardem a confirmação da data de lançamento e da pré-venda...


Abraços!!!


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

LADAINHA DE SÃO LULA...

Fonte da charge: http://www.cabovivo.com.br/2013/04/1o-de-abril-santo-do-dia-sao-lula/lula-santo/





LADAINHA DE SÃO LULA
(por Silvério Duque)

"Não tem viva alma mais honesta do que eu".
Luiz Ignácio "Lula" da Silva





I

Santo nenhum foi tão casto
nem uma virgem foi tão pura
que pudesse superar
a honestidade do Lula.

Que pudesse superar
a honestidade do Lula.


II

Pouco importa se mataram
a São Paulo ou a uma mula
algum mal devem ter feito
que não fez o santo Lula.

Algum mal devem ter feito
que não fez o santo Lula.


III

Pra que cura de leproso
ou remédios com uma bula
se mal algum acometeu
a um santinho igual ao Lula?

Se mal algum acometeu
a um santinho igual ao Lula?


IV

Para quê Carro de Elias
ou qualquer outra firula
se faz chover passaportes
aos seus filhos, Santo Lula?

Se faz chover passaportes
aos seus filhos, Santo Lula?


V

Não tem padre, nem apóstolo
filho pródigo ou caçula
que não tenha prosperado
feito os filhos de São Lula.

Que não tenha prosperado
feito os filhos de São Lula.


VI

Nem São Longuinho faz pular
como o Moro agora pula
ao saber que não se achou
um pecado de São Lula.

Ao saber que não se achou
um pecado de São Lula.


VII

Qualquer frase que lhe saia
de sua boca (por mais chula)
é palavra santa e sábia
é palavra de São Lula.

É palavra santa e sábia
é palavra de São Lula.


VIII

De um santo nada se rouba
nem há bem que lhe escapula
pois tudo será ofertado
para as obras de São Lula.

Pois tudo será ofertado
para as obras de São Lula.


IX

Aos pastores e aos sem-terras
leves atos se estimulam
pois todos vivem do exemplo
de homem santo como Lula.

Pois todos vivem do exemplo
de homem santo como Lula.


X

Porque ele não tem pecado
nem mesmo preguiça ou gula
deu o dedo para o trabalho
faminto vive São Lula.

Deu o dedo para o trabalho
faminto vive São Lula.


XI

Quem é esse tal São Francisco
que com bichos confabula?
Bichos piores ele cria
bichos piores criou Lula.

Bichos piores ele cria
bichos piores criou Lula.

XII

Com este nome, ninguém pode
quem contra ele confabula?
Nome maior não existe.

Jesus Cristo? Não: São Lula!
Nome maior não existe.
Jesus Cristo? Não: São Lula!


XIII

Seja dos pés à cabeça
ou da pele e até à medula
não há alma mais honesta
do que a alma... a alma de São Lula.

Não há alma mais honesta
do que a alma... a alma de São Lula.








Candeias, tarde abafada de 22 de janeiro de 2016.

sábado, 16 de janeiro de 2016

TOMA LÁ, DÁ CÁ...






SILVÉRIO DUQUE

(por Lourival Pereira Piligra Júnior)

Não sou Silvério, Silva, coisa e tal,
nem tenho o nome escrito sobre a areia,
em mim o verbo explode como o sal
da fria pele intacta da sereia!

Não sou Silvério, Silva, ou imortal,
nem sinto a luz que inflama e que clareia
o verso livre imerso em lama e cal
e cada seta, enfim, que me golpeia!

Não sou da Silva, nunca fui Silvério,
sou da Parreira a folha que não cai,
não guardo nada além de algum mistério
no que não chega e nunca vem ou sai!

 – se faço verso enquanto faço um truque
é por que sei que nunca chego a Duque!



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LOURIVAL PEREIRA PILIGRA JÚNIOR

(por Silvério Duque)

Se Lourival Pilligra Júnior eu fosse
pouco me importaria a rima e o verso
tão precisos, porque eu viveria imerso
na paz de um filho que ganhou um doce.

Pois certo estava Benedetto Croce
ao dizer que o artista é um ser diverso
a nos abrir as portas do universo
ou com um soneto, ou expressivo "ôxe"!?

A Lourival Pilligra pouco importa
o Prometeu acorrentado ou o cego
a cantar por uma esmola, tudo corta

tudo fere ao olhar de quem verseja
tudo vira poesia para o ego
que um dia disse: que Pilligra eu seja!!!



***




*Felicíssimo e muito honrado com esta homenagem de meu amigo Lourival Pereira Piligra Júnior, que, não tendo melhor maneira de agradecer-lhe, devolve-lhe a tentativa do mesmo abraço poético...

* O desenho da foto é de Gabriel Ferreira