terça-feira, 17 de março de 2009

UMA HOMENAGEM A CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


O poeta Carlos Drummond de Andradede (1902-1987)

BALADA PARA AS RUAS DA VELHA SÃO SALVADOR

APÓS A LEITURA DO POEMA O CHAMADO

DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE




ao professor e amigo, Aleilton Fonseca,
contista e amante das cidades.








– Na rua escura com suas velhas casas...
seus escuros casarões
são ossadas de tempos idos,
pedaços despedaçados de passado,
novos e antigos abandonos
que me rodeiam – ou será que Eu os rodeio?
Que caminho traçar por entre a vaga
idéia de abandono que me pesa?

Rua escura e este novo poeta
( lume de minha velhice que me chega )
exposto às agruras e aos largos passos de seus sonhos;
quem há de dizer-te as mentiras que todos sabem e por isso vivem
tão vazios, porém felizes?

Quem há de ser outra
pedra no caminho
que a mente
traça e o coração percorre...? Quem há de ser
o caminho...

Onde um dia ouviu-se
tantos adeuses,
tantas lágrimas
em vão entornadas,
tantas saudades na solidão perdidas, há o meu coração...

Coração sem rumo:
quantos naufrágios
em teus lamaçais,
quantas angústias
nos becos teus,
quantos dizeres nesse calar de breu
sobre meus olhos...

Ruas escuras:
estes versos, e este poeta, são de todo seus,
mas, em minhas mãos, e, em meu olhar,...
é tudo...
adeus!




Rodoviária de Salvador, 20 de maio de 2007/Candeias, 30 de janeiro de 2008.








3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Silvério,

Tudo bem?

Carlos Drummond de Andrade é um dos meus poetas favoritos.

Por exemplo, não tem como ler dele "O Elefante" sem se emocionar.

Abraços.

Anônimo disse...

Silvério,

Cá estou eu de volta.

Só para lhe convidar para o lançamento do livro de um poeta feirense.

Se puder acesse o meu blog para saber mais. Tem um texto lá falando sobre ele e o livro.

Obrigado.

Abraços.

Anônimo disse...

Olá, Silvério,

Estou passando por aqui, para lhe dizer que tem selo para você lá no meu blog.

Abraços e boa semana.