Dagmar de Anders Zorn (1911):
Óleo sobre tela; 88 x 63 cm – Coleção Particular.
|
PR'UMA AQUARELA À CRUZ E SOUZA*
por Silvério Duque
– No lago, as águas
cristalinas dormem
a espelhar todo um céu emoldurado;
é o próprio céu, na terra, embalsamado
numa aparente quão sutil desordem.
No ocaso, a luz do sol, no lago, escorre;
e eu sempre vejo as sombras afrontando
essa paz que me faz viver sonhando,
mesmo que o sol mais abrasado jorre.
É verde a margem,
deleitável, erma...
qual minh’ alma extasiada ( e tão enferma )
a roçar sobre o espelho destas águas.
E há uma mulher que me enrubesce a face,
e, ao banhar-se, é como se lavasse
as minhas tristes e profundas mágoas.
Feira
de Santana, 25 de março de 2008.
*Esse, e outros poemas, fazem parte de meu mais novo livro: Ciranda de Sombras (É Realizações, 2013). Adquira já o seu aqui: http://www.erealizacoes.com.br/livros/Ciranda-de-Sombras.asp
Nenhum comentário:
Postar um comentário