O Vaqueiro de Juracy Dórea (1980): Mista sobre azulejos; 180 x 220 cm – Mercardo de Arte Popular, Feira de Santana, Bahia, Brasil.
O poeta e amigo Miguel Antõnio Carneiro
GALOPE
ao amigo e velho vaqueiro consangüíneo, Miguel Carneiro
( pr’ uma aquarela à Emilio Moura )
Esquecidos, no vento, procuramos
por aquilo que outrora fomos – tanto
faz se a luz que nos guia agora é pranto,
se tudo se desfez... Nós perduramos.
Tudo torna a viver, e reencontramos
a força de existir, o próprio encanto
que transfigura o nosso grito em canto
oportuno, o caminho pr’onde vamos:
é a memória a deter a nossa sina
de ter, nos pés, os giros que há no mundo
e a vontade de amar que o Amor ensina,
porque a alma há de fazer sua própria sorte
ante o esplendor mais límpido e profundo
ou do anjo frio que nos trará a morte.
3 comentários:
Bellos silencios.
Poeta Argentino
adelorenzi.blogspot.com
Saudações poéticas!
Jogando duro, como sempre, hein, meu caro! Saudações e paz...
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