Saudade (1899) de José Ferráz Almeida Júnior
I
Tens amor nesses cachos d’anjo
e nesses olhos de incerteza...
( Mas se pena não tens de mim,
por que me ofertas tal tristeza? )
II
Mesmo morto hei-de estar ao lado teu,
e sem sequer saber, sentir ou ser,
teus olhos tristes, calmos, hão-de ver,
em noite escura, os muitos olhos meus.
III
Hei de sentir teu rosto sobre a pele fria;
então, quando apagar-se o lume desse dia,
quando teu rosto meigo perder a alegria,
verei um bem na morte e na sua agonia.
I
Tens amor nesses cachos d’anjo
e nesses olhos de incerteza...
( Mas se pena não tens de mim,
por que me ofertas tal tristeza? )
II
Mesmo morto hei-de estar ao lado teu,
e sem sequer saber, sentir ou ser,
teus olhos tristes, calmos, hão-de ver,
em noite escura, os muitos olhos meus.
III
Hei de sentir teu rosto sobre a pele fria;
então, quando apagar-se o lume desse dia,
quando teu rosto meigo perder a alegria,
verei um bem na morte e na sua agonia.
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