Cartaz de Manuşi Roşii (“Luvas Vermelhas”) do cineasta romeno, Vitoria Cociaş.
Um grande amigo meu, Elpídio Fonseca, me recomendou este filme: Manuşi Roşii (“Luvas Vermelhas”) do cineasta romeno, Radu Gabrea.
Segundo ele, este filme mostra de perto a desumanização, através da tortura física e moral, a que o Comunismo submeteu suas vítimas, e as conseqüências nefastas desse regime. É, sem dúvidas, uma oportunidade única. Em um país como o nosso, louco por ditadores, miséria e Comunismo, como qualquer “República de Bananas”, que fecha os olhos para tantas desumanidades, em nome das ideologias mais tolas, e que há anos tenta controlar as coisas que vemos e que assistimos, até mesmo o nosso gosto, parece-me que os organizadores se confundiram e deixaram passar tamanha jóia.
A ação ocorre em 1956/ 1957; é o primeiro filme romeno a mostrar as condições inumanas a que os comunistas submetiam as pessoas, muito mais interessados em desinvidualizá-las do que a provar qualquer crime. Felix, o protagonista, no princípio resiste bem a todas as privaões e torturas, mas é levado a um ponto tal de desespero, que chega a, sem querer, inculpar o próprio irmão de um “crime” que não ocorreu.
Neta época, em que vivemos à sombra de idéias terríveis e que sutilmente vêem minando a nossa democracia e anossa moral, assistir a Manuşi Roşii (“Luvas Vermelhas”) é algo indispensável.
Vejam o trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=b_2vcv1hhvs
2 comentários:
Caríssimo em Cristo Silvério,
Parabéns pelo comentário. Só uma correção: o direto do filme é Radu Gabrea. Vitoria Cociaş atua no filme e é produtora deste e esposa do diretor.
Abraço,
Elpídio
Silvério, o filme é mesmo impressionante! Mostra a verdadeira face do Comunismo, esse câncer que custa a ser extirpado.
Assisti e, a pedido de nosso amigo Elpídio, escrevi um pequeno comentário, a ser enviado ao cineasta Radu Gabrea.
Segue ao final.
Grande abraço,
Paulo.
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Mostra o Comunismo como é: uma desgraça. Chocante! Lembrei-me de dois personagens distintos: um é o infausto Josef K. d'O Processo de Kafka. O outro é o padre Cristóvão Ferreira, do romance japonês O Silêncio, de Shusaku Endo. Ferreira é enviado ao Japão, no séc. XVII, para pregar o cristianismo, religião proibida, sob risco de tortura e morte. Os capturados eram coagidos a pisar o Fumie, relíquia em bronze com a imagem do Cristo esculpida. Ferreira é capturado, e quando, já esgotado pela tortura, se vê prestes a pisar o objeto de veneração, ouve do próprio Cristo de bronze: "Pise! Eu, melhor do que ninguém, conheço a dor em seu pé!" Ele pisou e foi libertado, mas nunca mais foi o mesmo.
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