quarta-feira, 25 de novembro de 2009

NOEL ROSA... O SHOW CONTINUA!!!





Mapa para quem quer chegar ao Cidade da Cultura... o difício é querer sair.


A cantora feirense, Céliah Zaiin, repetirá, na próxima sexta-feira, dia 27 de novembro, às 21h, no Cidade da Cultura, que fica na Rua H, n. 170, Conj. João Paulo II, Feira de Santana – BA (O telefone para informações é 75 3483 2740) , seu show em homenagem ao grande Noel Rosa, o “poeta da Vila”...


Um dos maiores compositores da história da Música Popular Brasileira, Noel Rosa nasceu de um parto difícil em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula; a deformação conseqüente desta prática o marcaria por toda a sua vida. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, Noel pertencia à chamada “classe média carioca”; era filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa. Ainda na adolescência aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música – e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo se tornou figura conhecida da boemia carioca.


Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio às noitadas regadas a samba e à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.


Já em 1929 Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Toada do Céu, ambas com fortíssima influencia da música regional, que muito sucesso fazia por aqueles tempos e gravadas pelo próprio Noel, que, diga-se e registre-se, foi quem mais gravou suas composições. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, também gravado por ele, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro.

Céliah Zaiin lembra-se que, desde a sua graduação, era “apaixonada pela obra de Noel”; ela nos lembra de sambas “como Onde está a honestidade, que fala de brasileiros que enriqueceram da noite pro dia sem receber herança ou ter trabalhado muito para isso, ou qualquer outra justificativa plausível... é de fato um assunto bem atual, aliás, Noel é um compositor sempre atual, por isso a grandeza de sua obra”. Pra Célia, este show é uma “oportunidade de o público feirense familiarizar-se ainda mais com a obra deste carioca que é antes de tudo, um dos maiores gênios de nossa música”.

Noel revelou-se um dos mais talentosos cronistas do cotidiano carioca, com uma seqüência de canções que primam tanto pelo bom humor como pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras".

Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz.

Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e a inesquecível Aracy de Almeida.A tuberculose o levaria prematura e romanticamente à morte aos 26 anos de vida.

O show, “Tributo a Noel” contará, como na primeira vez, com o piano de Tito Pereira, a quem Célia considera um dos mais talentosos músicos da atualidade e com a participação especial do clarinetista Silvério Duque.


Não percam!!!

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