Como um pintor que se perdeu na própria tela
ante os cenários desse sono em que me iludo
eu dei
agora de sonhar com os olhos dela
minha pequena Ana Luísa – Mas, que absurdo!
Toda visão se funde ao fogo que a revela
e sob um só clarão tudo estremece, tudo
que aos poucos se consome: o choro de uma vela
essas breves frações que fazem o instante, o mudo
espaço entre a razão e seus inversos, nossos
temores, nossos planos, nossas ilusões
e as falsas expressões que um dia serão ossos.
Ah, mas quem sabe aqueles olhos com que sonho
verão no abrir de uma janela, as remissões
de um pai e os mal traçados versos que componho...
minha pequena Ana Luísa – Mas, que absurdo!
Toda visão se funde ao fogo que a revela
e sob um só clarão tudo estremece, tudo
que aos poucos se consome: o choro de uma vela
essas breves frações que fazem o instante, o mudo
espaço entre a razão e seus inversos, nossos
temores, nossos planos, nossas ilusões
e as falsas expressões que um dia serão ossos.
Ah, mas quem sabe aqueles olhos com que sonho
verão no abrir de uma janela, as remissões
de um pai e os mal traçados versos que componho...
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