A tela do artistas plástico Gabriel Ferreira, feita exclusivamente para o meu soneto "Bendito seja todo esquecimento...", pertencente ao meu livro "A pele de Esaú": http:// |
Bendito
seja todo esquecimento...
(por
Silvério Duque)
Bendito
seja todo esquecimento
bendita, também, seja toda sede
e tudo mais que nos desperte a carne
ou que nos torne estranhos ante o espelho.
Bendito o nosso instante mais impuro
o que sobrou de nós e o nosso início –
tanto vazio e cor num só começo –
tantas mortes das quais nos refazemos.
Que Deus nos abençoe por entre as pedras
com o ressoar cruel do vão destino
e que eu O veja inteiro ( em cada passo )
– e que possas senti-Lo em meio aos braços
com os quais, na dor, abraças teus joelhos...
Bendita seja a paz destes silêncios.
bendita, também, seja toda sede
e tudo mais que nos desperte a carne
ou que nos torne estranhos ante o espelho.
Bendito o nosso instante mais impuro
o que sobrou de nós e o nosso início –
tanto vazio e cor num só começo –
tantas mortes das quais nos refazemos.
Que Deus nos abençoe por entre as pedras
com o ressoar cruel do vão destino
e que eu O veja inteiro ( em cada passo )
– e que possas senti-Lo em meio aos braços
com os quais, na dor, abraças teus joelhos...
Bendita seja a paz destes silêncios.
2 comentários:
Tela e poesia se completam... Tudo muito lindo! Um poema para refletir sobre a própria reflexão.
Belo e conciso. Um relicário de ouro a adornar os corações dos seus leitores, ávidos por uma poesia verdaeira. Estamos diante de um grande poeta. Santo Antônio lhe dê Vida Longa. Miguel Carneiro
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