segunda-feira, 15 de junho de 2009

DVD: O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON








Com o lançamento, nesta semana, em DVD, do filme, O curioso caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button) do aclamado diretor David Fincher, com Brad Pitt, Cate Blanchett, Kimberly Scott, Jason Flemyng, Taraji Henson, Elle Fanning, Mahershalalhashbaz Ali e Emma Degerstedt, produzido numa parceria dos estúdios Warner e Paramount, com a consagrada direção de David Fincher, faz-se necessário “redizer” muitas das coisas que já tive o prazer de falar aqui mesmo quando o assisti no cinema: O curioso caso de Benjamin Button é um daqueles filmes onde uma velha máxima se faz surpreendentemente verdadeira: "O Cinema é mágico". Não importa se nascemos jovens e morramos velhos, ou se fosse ao contrário, como é a existência singular do personagem que nomeia este conto de Scott Fitzgerald, de onde o filme é baseado; não podemos nos furtar daquilo que a vida nos oferece, nem daquilo que ela é. Molharemos as calças, sentiremos medo, ficaremos curiosos, teremos prazer, dor, dúvida, e, no fim, esquecidos ou não, teremos que aceitar, de uma forma ou de outra. Não podemos nos furtar ao tempo e de como, nele, a vida se conduz única para qualquer um de nós. Isto que estou a dizer até poderia soar tenebroso, mas em nenhum momento do filme isto é mostrado desta maneira – e eu duvido que alguém tenha se sentido assim, mesmo naquela que, para mim, é uma das mais "barrocas" cenas já construídas pelo cinema, que é a da morte de Benjamin (ops!, contei o que não devia), nos braços de sua amada Queenie, ele, inconsciente, por sua condição, finalmente, de recém-nascido ao inverso, e, ela, envelhecida, no mais profundo sentido da palavra; desta forma, onde, à primeira vista, deveria haver uma cena de amor trivial entre avó e neto, revela-se uma das mais angustiantes representações da morte que o cinema poderia proporcionar. Além do mais, não tive, como em todo bom filme, que ficar indiferente a tudo que me era ali mostrado, principalmente na história de um homem que rejuvenesce em um século que também parece ficar mais jovem – um século que começou com a primeira guerra mundial (uma tragédia proporcionada pelo homem) e parece terminar com uma tragédia natural que o homem fez questão de tornar mais horrenda – à medida que se aproxima de seu término; como me foi impossível ficar indiferente à minha própria vida, a qual eu mesmo fui levado a rever, ao assistir este filme. O Curioso caso de Benjamin Button me deu algumas das 3h15 mais prazerosas de minha vida.

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