quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

UM POEMA DE NATAL...


Adoração dos Magos de Bernardo Cavallino (1647),
Óleo sobre madeira, 325X185 cm, Museo Nationale Capodimontti, Nápoles.





Amanhã, nasceremos para o novo:
Deus nos trará o Céu e toda a espera

separará do joio o incauto trigo
reinventará no fogo estranhas feras.

Amanhã, nasceremos como os lírios
entre o húmus do tempo e seus odores

entre a ausência, a saudade, o esquecimento
entre a sombra de tudo e estranhas flores.

Renascidos da dor que nos liberta
amanhã, rogaremos outras carnes

amanhã, pediremos novos rostos...
Mas, hoje, desejamos Teu silêncio

hoje, Senhor, só a morte desejamos
somente a Tua face enfim rogamos.



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

DICA DE LEITURA: "DIÁRIO FILOSÓFICO" DE CONSTANTIN NOICA*


AutorConstantin Noica
Tradução: Elpídio Mário Dantas Fonseca
Edição 01
Formato: 14 X 21 cm
Número de Páginas: 120
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-8033-021-2
Lançamento: 2011





Constantin Noica é um dos maiores filósofos de todos os tempos. Este romeno, infelizmente, pouquíssimo conhecido e ainda menos estudado no Brasil, nos entrega o que promete em seu título, ou seja, um diário filosófico com aforismos e breves pensamentos, que raramente ultrapassam uma página, sobre os mais variados temas, tendo a Filosofia como eixo condutor de uma reflexão... E que Filosofia!!!!!

Com temas bastante recorrentes em toda a sua obra, como os símbolos cristãos do filho pródigo e do irmão do filho pródigo, a escola, as ciências liberais e exatas, e a pedagogia, Noica nos mostra que a escola era o mundo, onde vivia o filho pródigo, que aprendia com a realidade.

Crítico do ensino formal da filosofia, que, segundo ele, afastava o homem do mundo real, Noica nos mostra grande preocupação com o ensinar do que com o esclarecer. Por isso, as constatações de Noica são simples, muitas vezes simbólicas, mas que compactam a experiência do real com absoluta maestria.

Este livro, mais uma tradução magistral de meu amigo Elpídio Mário Dantas Fonseca e mais um grande lançamento que a Editora É proporciona aos amantes da boa leitura, é extremamente fácil de ler, mas que desperta nos leitores atentos, uma incrível vontade de meditar sobre o que ele está falando. Um livro para quem se preocupa com a saúde do espírito e com a sua existência dentro de ordem maior, a fim de ter uma vida rica e de contato com o mundo.

......................................................................................................


“A filosofia não é possível senão na cidade, entre homens, naqueles mercados de que não se desgrudava Sócrates. Ela lhe dá o único encontro com o outro. Você põe andar sobre andar, suprime os jardins (ou deixa, quando muito, estes jardins públicos convencionais) – e algures, perto de uma escada de serviço, vai nascer um filósofo.”


“O erro de Narciso não é o de ocupar-se consigo. É o de ocupar-se de certa maneira consigo. O narcisismo é uma maldição apenas para os que, vendo, querem fixar a própria imagem; para permanecerem nela mesma, porque são perfeitos. O erro de Narciso é o de ser perfeito. É sua única imperfeição. (Será que plagio Gide?)”


“Assim Abel como Caim levam sacrifício. Mas para o sacrifício de Abel, Deus olha com prazer, mas para o sacrifício de Caim, não.”


***


Constantin Noica (Trechos do Diário Filosófico)



*Constantin Noica (Vităneşti-Teleorman, 12/25 de julho de 1909 – Sibiu, 4 de dezembro de 1987). Estreou na revista Vlăstarul [O Renovo], em 1927, como aluno do liceu bucarestino “Spiru Haret”. Estudou na Faculdade de Letras e Filosofia de Bucareste (1928-1931), formando-se com a tese de licenciatura Problema Lucrului în Sine la Kant [Problema da Coisa em Si em Kant]. Foi bibliotecário no Seminário de História e Filosofia e membro da Associação “Criterion” (1932-1934). Depois de fazer estudos especializados na França (1938-1939), fez o doutorado em Filosofia, em Bucareste, com a tese Schiţă pentru Istoria lui Cum e cu Putinţă Ceva Nou [Um Esboço para a História de Como é Possível Algo Novo], publicada em 1940.] Foi relator de Filosofia nos quadros do Instituto Romeno-Alemão de Berlim (1941-1944). Concomitantemente editou, juntamente com C. Floru e M. Vulcănescu, quatro dos cursos universitários de Nae Ionescu e o anuário Isvoare de Filosofie [Fontes de Filosofia] (1942-1943). Teve domicílio forçado em Câmpulung-Muscel (1949-1958) e foi detento político (1958-1964). Trabalhou como pesquisador no Centro de Lógica da Academia Romena (1965-1975). Os últimos doze anos, passou-os em Păltiniş, sendo enterrado no pequeno mosteiro próximo. Seus estudos distribuíram-se em todos os campos filosóficos, notadamente epistemologia, filosofia da cultura, axiologia, antropologia filosófica, ontologia e lógica.

domingo, 11 de dezembro de 2011

"COBRA DE DUAS CABEÇAS": A POESIA E A PROSA INÉDITAS DE SOSÍGENES COSTA...







A Editora Mondrongo – editora do Teatro Popular de Ilhéus – tem a honra de lhes apresentar Cobra de duas cabeças, livro de Herculano Assis, que traz poesia e prosa inéditas de Sosígenes Costa.

Segundo o professor e ensaísta Jorge de Souza Araújo: Cobra de duas cabeças resulta “da amorosa pesquisa e justificado penhor, caros à memória de um poeta de excelência, aqui observado como pensador e crítico notabilizado por uma verrina que, de tão surpreendente, constitui-se mais ainda afeta à literatura baiana e brasileira”.  Já o poeta Heitor Brasileiro Filho acredita que “os textos reunidos, particularmente a prosa, desmistificam a imagem quase sempre contemplativa, compenetrada, e até sisuda do poeta.  O que aparenta pouco para um autor da literatura brasileira, no caso específico de SC é muito significativo porque ajuda a compor um complexo mosaico. Traços de uma personalidade mitificada, exatamente, por ausência de informações precisas sobre sua vida e seu pensamento ‘objetivo’”.

O lançamento de Cobra de duas cabeças será no próximo sábado, dia 17, às 19 horas, em Belmonte, cidade natal do poeta. Também, no dia 17, o site da editora entrará no ar, através do qual se poderá adquirir essa e outras obras da editora. O endereço virtual será: www.mondrongo.com.br





quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PE. JOSÉ MAURÍCIO NUNES GARCIA: UM GÊNIO ESQUECIDO E INDOMÁVEL


O padre José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1767 – 18 de abril de 1830)





em comemoração ao bicentenário
da Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811)



  
Neste fim de ano de 2011, chamo a atenção de ti, caro leitor, para um aniversário... mas não o de uma pessoa, ou de um poeta – o que nesse nosso contexto seria bem adequado; aliás, este ano, podemos assim dizer, “comemoramos” os trezentos anos da morte de Botelho de Oliveira e o centenário de morte de nosso querido parnasiano, Raimundo Correa: é de uma obra que eu quero lembrar, mais necessariamente dos 200 anos da Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811), do Pe. José Maurício Nunes Garcia, um dos maiores nomes da história de nossa música e também um dos mais esquecidos.

Filho de Apolinário Nunes Garcia e Victória Maria da Cruz, uma escrava, José Maurício muito cedo revelou seu incrível talento para a música, compondo, aos 16 anos sua primeira obra, uma antífona para a Catedral e Sé do Rio de Janeiro: Tota pulcra es Maria, em 1783. Talento que, ao lado de suas convicções religiosas, será sua principal arma contra os principais inimigos que terá por quase toda a sua vida profissional: a falta de recursos técnicos, o preconceito e o corporativismo de invejosos que não aceitavam um homem de cor e quase autodidata no comando da Capela Real e na apreciação do rei D. João VI... os gênios também têm as suas cruzes. O empobrecimento da vida cultural após o retorno de D. João VI para Portugal, e a crise financeira depois da Independência do Brasil, em 1822, causaram uma diminuição da atividade de Nunes Garcia, agravada pelas más condições de saúde do compositor. Em 1826, compôs sua última obra, a Missa de Santa Cecília, para a irmandade de mesmo nome. Morreu em 18 de abril de 1830 e apesar de ser padre, teve cinco filhos, dos quais reconheceu um.

O José Maurício viveu e atuou numa época bastante conturbada para a história brasileira. O Rio de Janeiro, pouco antes da chegada da corte portuguesa, culturalmente em nada se distinguia da exigüidade dos demais grandes centros nacionais. Entretanto, presença da Família Real, na, então, capitão da colônia, mudou esta situação radicalmente, atraindo as totais atenções e passando a ser o centro de irradiação de estéticas novas, nomeadamente o neoclassicismo, com o abandono da tradição barroca que, até então, continuava a exercer grande influência em todo país, daí da pra se medir o tamanho do atraso no qual vivi o Rio de janeiro e todo País àquela época. É certo que esta tradição ancestral não feneceu imediatamente, mas, dali em diante, o patrocínio oficial à vertente neoclássica foi o golpe mortal nela infligido, e do Rio irradiou-se uma visão diferente que, aos poucos, dominaria em todo o território.

José Maurício tinha luzes surpreendentes para alguém de sua origem e condição social. Pobre, mulato, perdendo o pai cedo e sendo educado com grande dificuldade, até hoje não se sabe exatamente como conseguiu adquirir a cultura que seus primeiros biógrafos reiteradamente alegam ter-lhe pertencido. Seu progresso na Igreja foi muito rápido, a ponto de ser dispensado de formalidades e pré-requisitos, onde a ascendência de sangue escravo era um estorvo considerável para uma carreira eclesiástica e mesmo mundana bem sucedida naquela sociedade escravocrata e preconceituosa. Mais tarde foi indicado Pregador Régio da Capela Real, e o bispo seu superior declarou que ele era um dos mais ilustrados sacerdotes de sua diocese.

Antes do período cortesão suas composições se ressentem à escassez de recursos humanos e técnicos do ambiente que beiravam a uma verdadeira miséria técnica e humana; diversas peças suas traem a indisponibilidade de instrumentistas, forçando-o a “adotar” soluções fora da ortodoxia como acompanhamentos reduzidos ao órgão, ou às madeiras. Durante bom tempo as aulas de teoria e prática musical que ministrava tinham de ser realizadas apenas com a viola de arame, não podendo contar sequer com um cravo ou pianoforte. Entretanto, quando indicado a Mestre de Capela da corte teve acesso à importante biblioteca musical da Casa de Bragança que Dom João VI trouxe consigo, contribuindo para sua instrução geral, para uma maior variedade de gêneros musicais trabalhados e para o conhecimento da obra de grandes mestres europeus como Mozart e Haydn, que terão prufunda influencia em sua vida e obra, e doas quais me arisco em dizer que se aproximava em talento e missão. Os muitos músicos e cantores altamente qualificados contratados pelo rei em sua chegada, que formaram uma orquestra considerada por todos os conhecedores e os viajantes estrangeiros como uma das melhores do mundo em seu tempo, possibilitaram que aprofundasse sua técnica de instrumentação e escrita vocal.

Seu declínio se acentuou com a partida de Dom João e com o vazio que isso produziu na cena musical carioca. Seu sucessor Dom Pedro I, apesar de amante da música e simpático ao padre, não pôde manter a pensão do compositor, e ele teve de fechar sua escola. Um de seus filhos, escrevendo sobre o pai nesta fase de obscurecimento, fala de sua frustração, de um envelhecimento precoce e de doenças crônicas que perturbaram sua produção e paz de espírito.

A apreciação contemporânea o considera o maior compositor brasileiro de seu tempo, mas critica suas concessões aos modismos que não encontravam eco verdadeiro em sua natureza, e certa contenção excessiva em sua escrita, que nunca mostra rasgos mais audazes ou experimentalismos. Sua produção conhecida chega a cerca de 240 obras, muitas delas redescobertas ou restauradas em meados do século XX por Cleofe Person de Mattos, musicóloga que teve papel fundamental na revalorização da música do período colonial brasileiro.

***
Hoje em dia suas composições voltaram às salas de concertos e recitais em igrejas, já tendo diversas delas gravadas e publicadas... E dessas composições a que mais me encanta e a que escolhi para cpomentar rapidamente, por motivo de seu bicentenário é a A Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811).

 Se parares um pouco para refletir, caro leitor, há certa utilização de um cantus-firmus, que confere às missas renascentistas uma forte e identificável unidade, construída, em certos trechos das composições, sob o princípio da imitação; e isso se verificará, inclusive nos séculos seguintes, nos séculos seguintes... Sobre um  ponto de vista diferente, a busca dessa unidade por compositores que empregaram o mesmo motivo, com ou sem variações, não terá o mesmo espírito imitativo, nem o mesmos traços do cantus-firmus, criando-se, assim, uma linguagem diferente e nova. Compositores como Galuppi, que no século XVIII escreveram missas com semelhante unidade cíclica, aplicaram-se em formações vocais e instrumentais reduzidas, cujas melodias eram, freqüentemente, retiradas de cânticos folclóricos e populares, chamaram-nas de missae rurales e missae pastoritae. A Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811), do Pe. José Maurício não foge à regra, pois repete, mas numa linguagem um pouco mais diversa, meio século mais tarde, tal procedimento, num Rio de Janeiro colonial que acabara de imergir como sede do Império Português.

A primeira versão da Missa fora composta em 1808 apenas para vozes e órgão. O nível do conjunto instrumental, na época da criação da Real Capela certamente desestimulou D. João VI que chegara ao Brasil àquele ano. Posteriormente orquestrada (1811), a missa do Pe. José Maurício pode finalmente se dar ao propósito para a qual fora composta, bem como a quase toda à sua obra musical, que é o de acompanhar a liturgia natalina com o seu canto tranqüilo, de caráter pastoral, recolhido, mas sem se negar à obstinação.

Embora moderada, face às poucas possibilidades técnicas de sua época incluindo a de seus novos cantores, as dificuldades dos solos que permeiam a Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811) não seriam trechos adequados aos velhos cantores que em 1808 transferiram-se da velha Catedral da Sé para a Real Capela. Com a necessária reserva, conclui-se então que a partitura autógrafa de sua Missa reúne elementos das duas versões: de um lado, as partes corais caracterizando a posição do compositor ante seus habituais interpretes – em sua maioria vozes infantis e falsetistas – que até 1808 formavam o quadro de músicos disponíveis na antiga Catedral, e, do outro, os solos destinados aos novos cantores da Capela Real, chegados ao Rio de Janeiro, em 1809, e dotados de vozes capazes de destacar a genialidade e o virtuosismo comum à escritura vocal do Pe. José Maurício Nunes Garcia.

A Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811), ocupa posição singular entre as muitas obras do Pe. José Maurício Nunes Garcia, pelo caráter peculiar e por certos desvios dos padrões convencionais de composição, coisa que não escapa aos sentidos das demais obras do autor. Do ponto de vista de sua estrutura, a Missa Pastoril para a Noite de Natal (1811) ela até que se enquadra ao modus operandi de seu compositor: textos desdobrados, em partes solísticas sistematicamente, pela repetição freqüente dos mesmos textos. Todavia, quanto à contenção melódica, transforma-se com desdobramento com vários picos de brilho e virtuosismo. Seu caráter natalino, e um tanto que simplório, não lhe propiciará uma envergadura criativa comparável às grandes missas que o Pe. José Maurício comporá no futuro, mas lhe sobra em beleza o que lhe falta de sofisticação, às vezes... A economia extrema dos motivos empregados, bem como a repetição inflexível da mesma temática fez dessa Missa uma composição de certa pobreza técnica, mas “elaborada” no sentido de lhe conferir uma riqueza de outro tipo: ser uma composição da mais pura e verdadeira devoção ao Cristianismo e seu sentido.

Nessa estrutura marcada pela uniformidade a diversificação de elementos fica por conta dos solos, entre os quais destaco o Qui sedes, para soprano solista e três baixos concertantes, e o Et Incarnatus, para duo de sopranos clarinete e cordas: ambas representam e conservam muito bem os aspectos singelos, por assim dizer,  desta obra. Contrapondo-se à simplicidade vocal outro tipo de manifestação simplória e, ao mesmo tempo de particular beleza, é o motivo do clarinete – algo, particularmente, muito especial para mim – exposto desde o início da obra, e guiando-a muitas vezes daí então, como um leit-motif de graça e ingenuidade, que com o seu caráter pastoril, complementa com adequação o específico ambiente desta obra, como bem o quisera o Pe. José Maurício.

***
Os links abaixo trazem breves exemplos – Viva à Internet – desta que é uma das obras mais significativas da cultura brasileira e que demonstram a grandiosidade de um gênio ainda um pouco esquecido... mas, indomável.







    

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

LANÇAMENTO "DICTA&CONTRADICTA" - Nº 8... TRÊS POEMAS DE SILVÉRIO DUQUE...






A Dicta&Contradicta é uma revista semestral lançada em 10 de junho de 2008 em São Paulo, pelo Instituto de Formação e Educação (IFE).

Reúne artigos e resenhas de intelectuais brasileiros e estrangeiros sobre os grandes temas da cultura ocidental: a ética, a filosofia, a literatura e as artes, sob uma perspectiva de longo prazo, desvinculada da política partidária e com uma vocação, na medida do possível, universal.

Com isso, a revista – com uma mentalidade acadêmica, mas sem academicismos – procura atender a uma demanda do mercado por textos de maior transcendência e profundidade.

A Dicta&Contradicta traz um editorial – que expressa a opinião do Instituto de Formação e Educação –, uma seção de artigos principais, uma seção destinada a textos traduzidos de autores estrangeiros, um perfil de um intelectual ou artista, uma seção de filosofia e uma de literatura.

Além disso, há uma seção destinada à análise de poemas, intitulada Anatomia do Poema, um poema e um conto inédito, além de artigos breves sobre música, artes plásticas e cinema. Livros, destina-se às resenhas de livros nacionais e estrangeiros, e O lançamento que não houve a uma obra importante ainda não lançada no Brasil ou carente de maior visibilidade.

A revista fecha com Gênesis, um texto clássico de domínio público ainda não traduzido no Brasil, e com uma seção de humor.

A revista tem, como colaboradores, nomes como o de Antonio Fernando Borges, Bruno Tolentino, Carlos Felipe Moisés, Dionísius Amêndola Valença, Érico Nogueira, Fernando Henrique Cardoso, Ivo Barroso, Jessé de Almeida Primo, Luiz Felipe Pondé, Marcelo Consentino, Marcelo Ferlin Assami, Maria Cecília L. Gomes dos Reis, Nelson Ascher, Olavo de Carvalho, Pedro Sette Câmara...

O lançamento do 8ª número de Dicta&Contradicta realizar-se-á na Mercearia São Pedro (R. Rodésia, 34, Vila Madalena, São Paulo) a ser realizada na noite de segunda-feira 12/12, das 19h30... até “a saída do último arroz de festa”.

***



Segue o índice desta nova edição; aproveitem e dêem uma olhada na seção Poesia (rsrsrs):



ÍNDICE

O QUE HÁ DE NOVO NA IDADE MÉDIA?
Olivier Boulnois

DROGAS: A SÍNDROME DA MENTIRA
Anthony Daniels

ESPECULAÇÕES SOBRE ALEGORIA E SÍMBOLO
Henrique Elfes

PERFIL

KIERKEGAARD, O PENSADOR INCÔMODO
Álvaro L.M. Valls

FELIZ NOVA DIETA
Julio Lemos

FILOSOFIA

OS MECANISMOS DA MELANCOLIA
MartimVasquesda Cunha

LITERATURA, FICÇÃO E REALIDADE
Nicolau Rocha Cavalcanti

SOCIEDADE

SÍRIA EM TRANSE
Plínio Gomes

TEOLOGIA

VIAGEM RUMO AO MUNDO
Marcelo Consentino

LITERATURA

IMAGINAÇÃO, TEMOR E TREMORES
Rodrigo Duarte Garcia

AS FACES DO ATEÍSMO
EM OS IRMÃOS KARAMÁZOV
Renato José de Moraes

DAVID FOSTER WALLACE E THE PALE KING
Julio Lemos

TEATRO

TOM STOPPARD: TEATRO ACESSÍVEL
A VENDEDORAS COM CURSO SUPERIOR
Pedro Sette-Câmara

POEMAS

TRÊS POEMAS
Silvério Duque

POEMA TRADUZIDO

ALGUMA POESIA DE DURS GRÜNBEIN
Tradução de Érico Nogueira

GÊNESIS

PÓS-ESCRITO CONCLUSIVO NÃO CIENTÍFICO ÀS MIGALHAS FILOSÓFICAS
S. Kierkegaard

CONTO

EVOLUÇÕES
MoemaVilela

CONTO TRADUZIDO

2 B R O 2 B
Kurt Vonnegut, Jr.

MÚSICA

APRÈS UNE LECTURE DU DANTE
(FANTASIA QUASI SONATA): UMA VISÃO
MUSICAL DA MORTE
Alvaro Siviero

CINEMA

OS DÓLARES DE LEONE
Joel Pinheiroda Fonseca

ANATOMIA DO POEMA
Jessé de Almeida Primo

RESENHAS

OBRAS DE EMIL CIORAN
Rodrigo Gurgel

C., TOM MCCARTHY. LA CARTE ET LE TERRITOIRE
MICHEL HOUELLEBECQ
Vinícius Castro

BOURGEOIS DIGNITY, DEIRDRE MCCLOSKEY
Renato Lima

A CASA DA SABEDORIA, JONATHAN LYONS
Joel Pinheiro da Fonseca

THE CONSPIRATOR
Ricardo Gross

SONS OF ANARCHY
Lucas Mafaldo

DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA, B FACHADA
Nuno Costa Santos

O LANÇAMENTO QUE NÃO HOUVE

SHAME AND NECESSITY, BERNARD WILLIAMS
Eduardo Pohlmann

HUMOR

NOVO TOLICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA
RuyGoiaba