quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

GRANDE SHOW COM PAULO AKENATON E GABRIEL FERREIRA NO CIDADE DA CULTURA



Dono de uma voz única e de uma técnica das mais apuradas, no violão, o cantor e premiado compositor Paulo Akenaton é uma parada obrigatória para quem gosta e quer ouvir o que de melhor nos oferece a Música Popular Brasileira.

Todo este peculiarismo pode ser confirmado, mais uma vez no show que Paulo Akenaton fará no Cidade da Cultura, neste sábado, às 21h00, que contará com a participação do artista plástico e também percussionista (a boa qualidade vale para ambos os ofícios) Gabriel Ferreira.

Lembrem-se, o Cidade da Cultura fica na rua H, n. 170, Conj. João Paulo II, em Feira de Santana.

O show ainda contará com a participação especial de Silvério Duque na gaita e no clarinete.


Não percam!!!



CONCURSO LITERÁRIO GODOFREDO FILHO: LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA




A comissão organizadora do Concurso Feirense de Poesia Godofredo Filho parabeniza e agradece a todos os participantes do concurso por colaborarem para a produção literária feirense e prestigiarem com seus versos a cultura local.

A primeira edição do concurso foi realizada para valorizar e estimular a produção literária feirense. Com o apoio da universidade, os organizadores do concurso já estão confeccionando as antologias com os poemas classificados, bem como viabilizando novos apoios para conceber uma possível premiação em dinheiro. O evento de premiação será divulgado ampla e oportunamente, além de comunicado por e-mail a todos os classificados para a antologia – e somente neste dia se terá conhecimento dos três primeiros colocados.

Embora a intenção inicial fosse de publicar 30 poemas, a comissão julgadora pôde classificar apenas 17, pois este número foi o máximo permitido pela banca no tocante à qualidade das produções. Houve poemas que foram desclassificados, isto é, não avaliados pela comissão, devido a erros de natureza documental e faltas graves em relação ao regulamento, tais como: residência não-comprovada (para os não-feirenses), falta de documentos importantes, uso de nome pessoal ao invés de pseudônimo em locais indevidos; envelopes indevidamente preenchidos (com dados acrescentados que violavam regras do regulamento) e outros incidentes que não permitiram o envio do poema infrator à banca examinadora.

Integraram a banca examinadora:

José Jerônimo de Morais – Professor Emérito da Universidade Estadual de Feira de Santana. Formado em Filosofia e Teologia e ex-professor de Latim do Colégio Joselito Amorim e da UEFS, foi um dos fundadores da Universidade Estadual de Feira de Santana e se tornou um exemplo de dignidade por sua defesa do quadro humano das Universidades públicas e do ensino de qualidade na Bahia.

Miguel Almir Lima de Araújo – Doutor em Educação e professor da Universidade estadual de Feira de Santana. Tem experiência nas áreas de Filosofia, Educação, Cultura e Arte atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia, educação, cultura, educação e cultura, arte e educação, linguagens regionais e transdisciplinaridade.

Roberval Alves Pereira – Doutor em Teoria e História Literária e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária. Atuando principalmente nos seguintes temas: Poesia, poesia lírica, poesia moderna, teoria da literatura.

Segue, abaixo, a lista dos classificados:

- Pr'uma aquarela à Carlos Pena Filho, Silvério Duque (Pseudônimo: Oséias Dias)
- A cova dos leões VII, Genaldo de Melo (Pseudônimo: Jorge Lenes)
- Ampulheta, Jacilene Marques Salomão (Pseudônimo: Lua)
- Carência, Maurício de Oliveira Santos (Pseudônimo: Maurício de Oliveira)
- Cáspides, Clarissa Moreira de Macedo (Pseudônimo: Clara)
- Conheço os Vestígios, Ronaldo dos Santos Paixão (Pseudônimo: Nal Marques)
- Do sujeito ao praticado, Erivaldo Oliveira de Araújo (Pseudônimo: sapatero)
- Geocorporificação, Weslley Moreira de Almeida (Pseudônimo: Lelow Dikens)
- Hoje, Tatiana Figuerêdo Assis (Pseudônimo: Névoa)
- Jogo, Thiago Lins da Silva (Pseudônimo: Hitch)
- Longa Metragem Poética, Daniel Pereira Pondé (Pseudônimo: Cláudio Tiapira)
- Metamorfose, Lidiane Carvalho Nunes (Pseudônimo: Charlotte)
- O Boêmio e o Poeta, Thiago Araújo Borges El-Chami (Pseudônimo: Le Chemin)
- Oráculo de Lupas, Dilson da Solidade Lima (Pseudônimo: Míria de Flores)
- Outono, Regina Celma D’Alencar Monteiro (Pseudônimo: Regis Hazine)
- Peça para as horas do vão, Angelo Araújo Carneiro (Pseudônimo: Angelo Riccell Piovischini
- Sonho de João, Denise Norberto da Silva (Pseudônimo: Ise)
- Um louco numa manhã de uma dia de Deus, Herbert de Almeida Rocha (Pseudônimo: Bandido da Luz Vermelha)


Aproveitando a oportunidade, o Diretório Acadêmico de Letras e Artes da UEFS convida você e sua família para o evento de premiação e lançamento da antologia do Concurso Feirense de Poesia Godofredo Filho, que irá ocorrer no dia 28 de Janeiro, deste ano, quinta-feira, às 19 horas, no CUCA (Centro Universitário de Cultura e Arte).


Aguardamos a sua presença.



Atenciosamente,



D.A. de Letras (UEFS).

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

UM POEMA...

Imagem de Antônio Brasileiro (2005), Óleo sobre tela, 50x60



BALADA PARA A MORTE


ou IMPROVISO HERÁLDICO ANTE AS SOBRAS DO BANQUETE ILÚDICO
( em ocasião do 60º aniversário do poeta Antônio Brasileiro )




( Suavemente,
a noite nos envolve indecifrável...
fugindo de sua obrigação de negar-nos
a grande sombra desce,
mas todos se amontoam nosilêncio e no medo
de sermos tantos.


Amontoamo-nos
no indecifrável espaço do torpor
e parecemos um só homem espalhado pela escuridão imensa...
nessa sombra que somos
nos perdemos...
porém,
sobra nas retinas o que fomos
e
presa à garganta
tudo
o que queríamos.



A noite...
sim, a noite...
a noite nos embrulhou com ódio,
e toda a noite enraivecida é a grande
verdade
que buscávamos,
uma deslavada verdade
que todos contam entre nós:
era dos nossos sonhos que ela vinha;
de nossa realidade ela se criava;
amadureceu em nosso egoísmo;
modificou-se por nossa angústia;
em nós...
em todos nós
espatifou-se,
neste momento que ainda corre:
e todos somos um
nesses pedaços de tantas coisas
únicas;
tantas vontades
a serem sempre as mesmas;
tantas fomes iguais
de tudo.


Esta noite nos uniu em nada...,
mastigou
o humano
que tínhamos engolido,
despojou-nos
neste leito de escuridão em que deitamos;
enraizou-nos
neste princípio de coisa alguma
impedido-nos
a aurora.








2.a



A noite está
inquieta
como um homem morto –toda a noite
é um tumulto –
é toda um coração que bate e vai morrer e o sabe...

A noite
sorveu a paciência
destes banquetes; deu ao tempo
propósitos que não tinha;
a noite
deu propósitos a tudo:
à nossa morte,
ao nosso odor de morte,
à nossa inquietude de estar dentro
da
morte,
ao nosso esquecimento
de sermos
morte...
a noite
humanizou a terra superior dos cemitérios;
tornou fundamental
a nossa poesia dispersa;
apagou-nos
da manhã
que não
viria.








2.b



A noite
deu-nos um mistério em nosso nascimento;
e nenhum dia será mais claro do que esta noite
e os dias que virão de dentro dela.



A noite assombrosa de nosso desejo
é toda uma mística certeza que nunca tivemos.


– Existimos
dentro desta noite como
nunca existimos
antes. )








3

UM APÓLOGO:



“ Ó amigos, ó coisas inexatas...
filhos das feras que moravam em nós:
esta noite tudo ficará retido sob o chão
destas mentiras tão puras;
a manhã se foi sem ternura
e sem a simplicidade
que os amanheceres
nos trazem.



Ó irmãos,
crianças maliciosas que fomos,
a manhã se foi escura
porque nunca verdadeiramente houve
uma manhã mais clara.

A perfeição,
irmãos,
reside nesta escuridão que este não-dia nos trouxe.
Nada vimos,
porque nada queríamos ver.
Nada evocamos,
pois sempre fomos esta mesma ausência.
Nada construímos sobre esta imensa mão ruidosa,
porque toda a nossa poesia foi um truque.
E nenhuma lágrima rolará,
pois nunca existiu em nós a alegria
para que, então, experimentemos a tristeza
de sermos tantos e tão sozinhos.



Nada, amigos...
nada...
nada será,
porque nada foi.



Tudo
apenas é:
e tudo é noite...
tudo é simples,
vasta e absoluta noite.

Somente
noite.”

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A MPB AOS VIVOS... COM SANDRO PENELU



O cantor e compositor Sandro Penelu

Se não bastasse Sandro Penelu ser um grande cantor e compositor, agora ele nos presenteia com um blog onde se é possível ouvir conhecidas e novas composições da Música Popular Brasileira, interpretadas em sua voz e em seu violão inconfundíveis.

É necessário conferir e divulgar. É só acessar:
http://sandropenelu.musicblog.com.br

Pessoalmente, gosto muito da interpretação de Ronco da Cuíca... confiram!!!

ILDÁSIO TAVARES: SETENTA ANOS DE POESIA


O aniversariante Ildásio Tavares

A Biblioteca Betty Coelho e a Fundação Gregório de Mattos promovem dia 27 de janeiro, às 19h30, no Espaço Cultural da Barroquinha (antiga Igreja Nossa Senhora da Barroquinha), na Praça Castro Alves, em Salvador, Bahia, ILDÁSIO TAVARES: SETENTA ANOS COM POESIA, em que homenageiam o poeta, escritor, compositor, professor de literatura, ensaísta e jornalista Ildásio Tavares, que neste mês de janeiro, completa setenta anos de idade.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SUGESTÃO DE LEITURA: TENHA UM 2010 DE MUITA POESIA


Bruno Tolentino: A imitação do amanhecer; Rio de Janeiro, Ed. Globo, 2007.

Esse livro soberbo, que precisa não apenas ser lido e relido, mas estudado, compreendido, letra a letra, sob pena de ficarmos alheios ao resultado supremo gerado pelo talento... Pela mão do soneto, Bruno Tolentino leva a poesia brasileira contemporânea ao esplendor”
(Nei Duclós)




Rodrigo Petrônio: Venho de um país selvagem; Rio de Janeiro, Top Boocks, 2009.

A leitura de Venho de um país selvagem exige empenho, uma vez que a obra se embrenha na selva de símbolos que formam a existência humana, também provoca prazer, aquela “alegria pânica” suscitada por toda poética que não se conforma com o meramente ornamental ou com o estritamente lúdico, enveredando pelas lúgubres sendas da luz, nas quais mesmo as clareiras são aberturas que logo se encerram na mata fechada, onde a vida segue seu curso, à revelia de evidências e previsões.
( Mário Dirienzo)




Gustavo Felicíssimo (Org.) Diálogos: panorama da nova poesia grapiúna; Itabuna, Ed. Editus/Via Litterarum, 2009.

Gustavo Felicíssimo, que tem um trabalho de divulgação das novas gerações da poesia baiana e brasileira de altíssima qualidade, reitera este ofício ao publicar texto de dez poetas que, segundo ele (e, também, pelo que qualquer bom leitor poderá constatar), formam o mais novo – e o mais qualificado – grupo da novíssima poesia baiana oriundo da Região Grapiúna. São eles: Edson Cruz, Heitor Brasileiro Filho, Noélia Estrela de Oliveira, Piligra (Lorival P. Piligra Júnior), George Hamilton Pellegrini Ferreira, Daniela Galdino, Mither Amorim Mendonça e Geraldo Lavigne de Lemos.
(Silvério Duque)